EUA: São Francisco não é tão amigo dos LGBTs como se imagina

           Para Travestis, Transexuais e Homens T 

             estas taxas são ainda mais elevadas.

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Apesar de São Francisco (EUA) ser conhecida como uma cidade gay-friendly, a verdade é que, de acordo com um relatório divulgado, mais de dois terços das pessoas LGBT (Lésbica, Gay, Bissexual Travestis, Transexuais) residentes na cidade foram vítimas de violência. Para Travestis, Transexuais e Homens T, estas taxas são ainda mais elevadas: 4 em cada 5 pessoas relataram ter sofrido violência física. O estudo, realizado pelo SF LGBT Center em parceria com a Comissão dos Direitos Humanos de São Francisco, demonstrou que a comunidade LGBT é vítima de elevados níveis de violência física e sexual. Rebecca Rolfe, directora do SF LGBT Center e líder da equipa que realizou a investigação, referiu em declarações ao Buzzfeed que apesar da cidade ter uma reputação muito positiva em relação à orientação sexual e identidade de gênero, a verdade é que isso é uma crença errada, tal como veio a ser evidenciado pelo estudo.
Os investigadores descobriram que, entre as pessoas LGBT, 48% já sofreram violência sexual, 68% sofreram violência física e 81% relataram assédio. A equipe descobriu ainda que as pessoas Travestis, Transexuais e Homens T não só relataram maiores índices de violência em cada categoria - 65% violência sexual e 79% violência física, mas também declararam sentirem-se menos seguras na cidade comparativamente a outras pessoas LGBT. Por exemplo, 60%  referiram sentir-se inseguros(as) a caminhar na rua durante o dia em comparação ao grupo de LGB, em que apenas 12% dos participantes manifestou esse medo.
Segundo Rebecca Rolfe, estes estudos e os seus resultados são "muito importantes" para ajudar as pessoas a entender que a LGBT-fobia é um problema preocupante e atual. A ativista acrescenta que o facto da LGBT-fobia estar tão presente em São Francisco poderá ser indicador de problemas semelhantes ou piores em outros estados norte-americanos. A investigadora refere ainda que a polícia não pergunta a orientação sexual ou identidade de gênero das vítimas, o que faz com que certos crimes de ódio não sejam catalogados como tal por falta de informações. Por exemplo, o relatório de crimes de ódio referente ao mês Dezembro apenas identificou 33 pessoas, um número bastante inferior à realidade, segundo Rolfe.
O estudo verificou ainda que uma elevada percentagem de pessoas LGBT ficam relutantes em fazer queixa às autoridades competentes por sentirem "altos níveis de desconfiança", considerando que a polícia não os irá ajudar. De facto, 44% das pessoas que sofreram violência física não apresentaram queixa. Apesar de ser um estudo local, realizado apenas numa cidade norte-americana, os investigadores acreditam que poderá ter implicações a nível nacional. O estudo contou com mais de 400 participantes.
Informação via: San Francisco LGBT Community Center  
San Francisco LGBT Community Center
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